Sou uma mulher sem medo das palavras mas mais ainda sem medo dos atos.

Nunca me deixei pousar. Pousar é a rendição, deixar o corpo boiando no mar e esperar que as ondas façam o resto. Gosto de paz mas nunca me rendo. Gosto de quem me proteja e gosto de proteger. Gosto de ser frágil e forte. No mesmo dia, na mesma hora, no mesmo instante. Mas tento. Nunca deixo de tentar. Tenho tanto de heroína como de vítima.

Sou a pobre coitada que nunca se deixa coitadar. O pior do mundo são as pessoas que coitadam. Que passam a vida sendo coitadas e é por isso, só por isso, que são coitadas. Ser coitado não vem de fora; só de dentro. E é viciante. Coitadar é uma droga. Um conforto sempre à mão. É fácil, é barato, tira milhões de você. Te impede de tentar porque tentar é desnecessário. Te impede de dar braçadas porque o afogamento é certo. Coitadar é simples, sedutor. Esmagador. Coitadar esmaga o que você é. Você se coitada irremediavelmente.

É claro que o mundo às vezes magoa; é claro que a vida às vezes fere. Nos leva pessoas, nos leva coisas, nos leva sonhos. Às vezes nos leva até mesmo tudo (ou o que julgávamos ser tudo). Mas viver é suportar todas as mágoas e todos os ferimentos que a vida tem para oferecer.

Por mais lágrimas que chore há sempre uma que me faz levantar.

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