Entre o ontem e o amanhã

Quem já não teve essa sensação de nadar e nadar na direção da margem,  sentir-se cansado e desolado com o tempo que desgasta e desespera e quando pensa, enfim, que chegou ao fim das pernas... 
descobre que ainda tem outro tanto a nadar?!...
A vida nos parece um constante combate.
Nos perguntamos nesses momentos se a situação não terá um fim e quando teremos a tão falada felicidade completa.
Compreendemos provavelmente a vida olhando-a do lado avesso.
Marcamos o dia do nosso nascimento e fugimos do dia da nossa morte e o que há entre esses dois pontos, que é realmente a vida e o caminho a ser percorrido, parece mais insignificante.
Entre o ontem nostálgico ou dolorido e o amanhã incerto, está o hoje, que deve ser vivido e aproveitado.
Ele não é perfeito? 
Nada é perfeito!!!
Nos dizemos que se tivéssemos isso ou aquilo a situação seria diferente,  mas não é raro que a gente 
tendo muito nas mãos fica sem saber o que fazer ou que direção tomar.
Talvez o melhor da festa seja realmente esperar por ela, se preparar, idealizar e viver intensamente 
esses momentos esperados.
Um mar de rosas não existe e se existisse, haveria ainda assim alguns espinhos entre as pétalas e flores.
Aprendi que o hoje é o que eu tenho nas mãos, é o que faz bater meu coração, é o que me faz viva e se 
ele é bom ou ruim, é apenas uma etapa na construção do meu eu e que isso é positivo.
O melhor de mim é o que, com a graça que me foi dada, posso fazer cada dia, fazendo assim meu dia e deixando,  pouquinho a pouquinho, os rastros da minha história.

TEXTO: Letícia Thompson

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